O NOME POR TRÁS DA AMAZON
No último dia 16 de Julho, Jeff Bezos se tornou o homem mais rico da história moderna. Segundo o índice de bilionários da Bloomberg, sua fortuna é estimada em US$ 150 bilhões - uma vantagem de US$ 55 bilhões sobre Bill Gates, que ocupa a 2° posição da lista. Mas existe uma curiosidade nessa história: Jeff construiu esse império a partir de uma empresa que não dá lucro.
Mas como isso é possível? Tudo começou quando Jeff tinha 30 anos, ocupava o cargo de vice-presidente de um fundo de investimentos em Wall Street e largou a carreira promissora para vender livros pelas internet. Detalhe: em 1994! Para ter uma ideia, no Brasil, a internet chegou apenas em 1995.
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Em julho de 1995, a Amazon fez sua primeira venda, um volume sobre inteligência artificial. Vinte e quatro anos depois, no primeiro trimestre de 2019, segundo uma previsão da corretora Monness, Crespi, Hardt & Co., o que começou como uma lojinha de livros virtual atingirá um valor de mercado de US$ 1 trilhão. É muita grana!
O que surpreende é que no mundo das gigantes tecnológicas, o lucro da Amazon é menor que de vários rivais. No primeiro trimestre de 2018, o conglomerado da Amazon teve lucro de US$ 1,6 bilhão, enquanto o Facebook em seu último trimestre teve lucro de US$ 4,3 bilhões. Diante da própria receita, de US$ 51 bilhões só no último trimestre, o lucro parece coisa pequena.
"Só um negócio da Amazon dá lucro, a Amazon Web Services [serviço de nuvem para hospedagem de infraestrutura de informação de outras empresas]. Todos os outros perdem dinheiro. Minha crença é de que o Jeff Bezos está atrás de volume de vendas. Ele não quer lucrar, mas ganhar escala. Eventualmente, acho que ele acredita que poderá transformar escala e informações sobre os clientes em grandes lucros. Os investidores com certeza acreditam nisso, e é por isso que as ações são tão valiosas.” Ressalta Michael Cusumano, professor de administração do MIT em entrevista para o portal Tecnologia do site Uol.
Com uma oferta de pelo menos 350 milhões de produtos diferentes, essa escala está ao alcance da mão. Não apenas isso: com um volume tão grande de produtos e clientes, ele acaba com outra fortuna no bolso: a INFORMAÇÃO.